Histórico

 

Filosofia, Saúde, Educação e Espiritualidade (FSEE) é um Grupo de Estudos idealizado pelos professores: Dr. André Renê Barboni (DSAU) e Drª. Suzi de Almeida Vasconcelos Barboni (DCBIO). Tem suas atividades desenvolvidas e apoiadas no e pelo Centro de Referência de Informação em Saúde (CRIS), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e é um Grupo de Pesquisa reconhecido pelo CNPq e Certificado pela UEFS.


Sua efetiva criação se deu no início do primeiro semestre de 2014 com a oferta da disciplina de graduação: “Saúde e Espiritualidade” (BIO161) e posteriormente com o registro oficial do Grupo de Estudos junto ao CNPq e à UEFS.


O Projeto de sua criação está ligado às ações que seus idealizadores vem desenvolvendo ao longo de toda a sua vida acadêmica e que agora ganha delineamentos mais nítidos em busca de um novo paradigma de Educação que trabalhe a condição integral do Ser e de um conceito mais abrangente de Saúde que leve em conta também a nossa Espiritualidade.


Angustiado com a falta de um Sistema Filosófico que desse conta de tratar dos problemas atuais, concernentes aos campos da Saúde e da Educação, em uma sociedade onde a visão materialista se tornou hegemônica e é utilizada para distorcer o papel dos profissionais de saúde e educação na construção de uma sociedade cidadã, o Professor Dr. André Renê Barboni empreendeu uma nova busca por conhecimento que o pudesse conduzir a este tão almejado Sistema e a partir do primeiro semestre de 2011 iniciou mais um curso de graduação na condição de estudante do recém criado Curso de Filosofia da UEFS.


Sua monografia de graduação que em breve estará disponível neste site, contém o resultado desta busca e se constitui no primeiro para a construção coletiva de um novo modelo a ser seguido por aqueles que acreditam que o homem não precisa ser o lobo do próprio homem e que todo mundo pode mudar o mundo. Neste novo modelo o homem deve ser considerado no seu aspecto integral e, portanto, a sua espiritualidade não pode ser esquecida.


O modelo atual se contrapôs a um modelo anterior onde a religião, tratada de forma dogmática, tentou impor a sua posição e acabou cometendo atos que a sociedade atual não consegue mais aceitar como justificáveis e/ou necessários. Não nos cabe, aqui, fazer qualquer juízo de valor, mas alertar para o fato de que a nova posição assumida por muitos acadêmicos não é muito diferente da posição dos antigos inquisidores. Isso se dá pelo fato de que o novo paradigma tem se mostrado tão dogmático quanto o anterior.


Defendemos que o espaço acadêmico deve ser um espaço que prima pelo debate das ideias e que ele só pode acontecer na medida em que as tratamos de forma não dogmática. Quando se toma uma ideia como verdade absoluta, ela se cristaliza e esta cristalização torna impossível a fluidez do debate franco e tão enriquecedor. O verdadeiro poder da Ciência não está no fato dela não errar, mas de que ao admitir os seus erros ela sempre torna-nos possível rever suas teorias que são substituídas por novas e mais aperfeiçoadas teorias que nos aproximam mais da verdade.


Trabalhamos assim, com a ideia de que Ciência, Filosofia, Religião e Arte são áreas produtoras de conhecimento que igualmente contribuem para o progresso da humanidade. Isso por si só, para muitos, já é uma novidade difícil de aceitar, mas o nosso grupo entende que esta é uma forma de se pensar que pode trazer frutos melhores do que os que até agora temos colhido e que tais frutos são fundamentais para a Nova Civilização do III Milênio a tanto tempo esperada.


Num mundo que se torna superpopuloso não se pode mais continuar cultivando os velhos hábitos que põem em risco não só a sobrevivência da nossa espécie, mas o próprio equilíbrio da vida no planeta. Mudar hábitos e estilos de vida é imensa tarefa que se torna impossível sem um respaldo filosófico-moral que dê sustentação para que o nosso racional consiga disciplinar os maus hábitos que cultivamos e abramos mão das regalias que satisfazem os nossos desejos egoístas, mas prejudicam os nossos interesses coletivos.


A Profª. Drª. Suzi de Almeida Vasconcelos Barboni também se sentia angustiada com o fato perceber uma certa inquietação dos seus alunos, e até mesmo, uma certa resistência e dificuldade com relação aos temas de tanatologia, eutanásia, aborto, finitude da vida, etc., que as disciplinas tradicionais com as quais trabalhava e também oferecidas por seus colegas professores não davam conta de resolver. Foi isso que lhe inspirou propor a disciplina “Saúde e Espiritualidade” (BIO161) ao Colegiado de Educação Física onde os professores, sensibilizados com a proposta, acolheram desde a primeira hora favoravelmente o seu pedido estendendo para 60h a proposta inicial de uma disciplina com 45h de duração.


Precisamos, então, criar um espaço de debate e reflexão capaz de dar conta destes propósitos e isso se deu a partir da criação do Grupo que conta com a colaboração dos professores: Dr. Carlos Augusto Lucas Brandão (DCBIO) e Dr. Juarez Duarte Bomfim (DCHF); além da participação de outros professores e profissionais convidados que tem ministrado palestras públicas para os nossos alunos e membros da comunidade.


Todos os recursos do CRIS estão à disposição das necessidades do Grupo.